A Hasbro começará a desenvolver seus próprios videogames a partir do ano que vem pela primeira vez, segundo o CMO (diretor de marketing) Jason Bunge, que fez o anúncio durante a conferência Brandweek, da ADWEEK, em Atlanta.

Ele não revelou mais detalhes, apenas acrescentou que novas informações serão divulgadas durante o Game Awards, no dia 11 de dezembro.

Franquias da Hasbro como Magic: The Gathering e Dungeons & Dragons já serviram de base para diversos jogos eletrônicos, e a empresa já havia indicado, no início deste ano, que o desenvolvimento de seus próprios games fazia parte de uma nova estratégia corporativa.

Uma grande mudança na direção da empresa

Bunge sinalizou uma mudança importante ao falar no evento:

"À medida que expandimos o alcance da empresa para diferentes estilos de jogo, estamos muito empolgados em realmente entregar, pela primeira vez, o nosso próprio videogame", disse.

Marcas repensam como se conectam com os fãs

O movimento da Hasbro é visto como uma forma agressiva de ampliar o engajamento e a influência da marca, em um momento em que é cada vez mais difícil conquistar e manter a atenção dos consumidores.

Segundo Bunge, o antigo modelo de marketing em massa — de uma marca se comunicar com um público amplo de uma só vez — está em declínio. Por isso, empresas como a Hasbro estão investindo em novas estratégias e arenas culturais.

Um exemplo é a nova estratégia de influenciadores da Hasbro, que não busca apenas nomes gigantes como MrBeast, mas também criadores menores, com 1.000 ou 2.000 seguidores, desde que tenham engajamento real.

"As comunidades de Monopoly são muito diferentes das de Transformers, que por sua vez são muito diferentes das de Magic, que também são diferentes das comunidades de videogame", explicou Bunge. "Precisamos ser personalizados, mas também capazes de escalar".

Quanto mais comunidades a Hasbro conseguir envolver, maior será o alcance. Bunge citou colaborações recentes com a Disney, a franquia de jogos Final Fantasy e o sucesso da Netflix, Kpop Demon Hunters.

Com a mídia cada vez mais fragmentada, Bunge concluiu que as marcas não podem mais depender de uma única grande franquia.

Agora, elas precisam criar suas próprias histórias e se conectar com múltiplos pontos culturais, garantindo assim que suas estratégias de engajamento possam crescer de forma sustentável.