Durante seis anos os fãs de Power Rangers esperaram pela materialização de um sonho: Uma série original focada num público jovem adulto, mas o projeto não aconteceu.

Em 2018 quando a Hasbro adquiriu os direitos de Power Rangers ela tinha como proposta abandonar as adaptações de séries Super Sentai para criar sua própria série original. Jonathan Entwistle foi convidado para comandar esse projeto, projeto esse que seria uma série na Netflix.

Durante uma entrevista no Reddit, o ex-produtor comentou como seria a série, que agora será reformulada para um novo produto no Disney+.


Imagem: reprodução Reddit


"Eu estava trabalhando em Power Rangers lá em 2018, quando ainda estava na Paramount. Eu estava escrevendo uma versão cinematográfica. Aí a Hasbro comprou a eOne e tudo mudou de novo, o filme foi arquivado e uma série de TV se tornou o novo foco. Comecei a trabalhar nisso, mapeando como poderia funcionar com vários filmes, séries e animações – trabalhamos em estreita colaboração com a Netflix em tudo isso. E aí a eOne acabou e todo o conceito da série e dos filmes se perdeu nessa confusão. É uma pena, porque era uma abordagem muito legal, nível Star Wars, mas acho que a Hasbro simplesmente não conseguiu que todos aderissem à mesma abordagem".

Esse trecho é bem revelador, já que ele confirma que tinhamos um novo filme em desenvolvimento, mas que se transformou na série de TV. Devido à compra da eOne e da venda do estúdio posteriormente, o projeto foi engavetado.

"Já em 2018, eu havia criado um universo totalmente novo para Power Rangers – uma espécie de multiverso (estava super na moda naquela época - risos). Eu não estava fazendo Mighty Morphin Power Rangers especificamente, mas Tommy Oliver era o centro do mundo, toda a mitologia girava em torno dele como uma das pessoas mais importantes do universo... porque todos nós sabemos o que ele se tornaria. Então, era basicamente uma ENORME história de distorção temporal sobre impedir que Lord Drakkon tomasse o poder sobre tudo. A série de TV teria uma vibe meio que legal de Rei Arthur, esse era o ângulo, mais místico, mágico para começarmos. Jenny Klein, que estava escrevendo a série, também teve uma ideia muito, muito legal para cores conscientes... mas, infelizmente, nunca deu em nada. O que é uma pena, eu teria ADORADO ter tornado aquele universo realidade!".

Ele ainda reforça que o vai e vem de direitos impactou (e impacta em Power Rangers).

"Com todas as mudanças de proprietários da propriedade intelectual dos Power Rangers ao longo dos anos, ela simplesmente se perdeu na mistura. Acho que ninguém conseguia concordar se deveria ser um filme ou uma série de TV".

Tudo isso casa com as pistas deixadas pelo ex-produtor em suas redes sociais onde frequentemente usava a figura do Tommy e do vilão Lord Drakkon.