Shattered Grid, o maior evento dos quadrinhos de Power Ranger de todos os tempos começou oficialmente na edição #25 de Mighty Morphin Power Rangers.

O site Power Rangers NOW teve a chance de conversar com a equipe da BOOM! E da Saban Brands, e obteve alguns detalhes dos bastidores desse incrível evento crossover.

Confira a entrevista completa abaixo traduzida pelo Mega Power Brasil, que conta com a participação de Kyle Higgins (escritor de Mighty Morphin Power Rangers), Ryan Parrott (escritor de Saban’s Go Go Power Rangers), Dafna Pleban (editora da BOOM! Studios), e Brian Casentini (produtor executivo da Saban Brands).

Como surgiu a ideia para Power Rangers: SHATTERED GRID?

Kyle Higgins: Ela surgiu logo no começo da publicação de Mighty Morphin Power Rangers. Eu estava na Emerald City Comic Con 2016 com Bryce Carlson almoçando em nosso lugar favorito em Seattle, e ele disse: “Sabe, se você olhar para o calendário editorial, 2018 será o 25º aniversário da franquia, que coincide com o terceiro ano de seu quadrinho. Esse seria o momento ideal para um grande evento”. Foi quando Dafna Pleban e eu sentamos para conversar sobre como algo assim poderia ser feito.

Então a história de fundo para Lord Drakkon surgiu, e ela sentiu que isso levaria a um caminho natural para chegar a esse tipo de evento, um em grande escala, que estávamos interessados em fazer para comemorar o aniversário de 25 anos. A partir daí, tornou: “Como isso funciona? Qual vai ser a narrativa para trazer as outras equipes de Power Rangers?”. Então, várias conversas começaram a acontecer, e começamos a desenvolver uma história geral sobre isso, fomos até a Saban Brands e apresentamos a Brian Casentini e Melissa Flores o que estávamos pensando. Foi uma reunião de quatro horas e as coisas continuaram seguindo a partir daí. Então, estamos trabalhando nisso há bastante tempo.

Como o nome SHATTERED GRID surgiu?

Kyle Higgins: O nome surgiu por volta do verão de 2017. Nos apresentamos várias ideias diferentes e chegamos até essa. No entanto, vou dizer que sou péssimo em nomear as coisas em geral, e encontrar algo que fosse específico e que parecesse épico era muito difícil de inventar. Eu queria algo que, quando você escutasse anos depois, já tivesse se tornado um sinônimo de Power Rangers e dessa história específica. E sinto que chegamos a algo muito legal.

Dafna Pleban: O nome foi realmente um esforço entre Kyle, Brian Casentini e eu. Ficamos colocando possíveis nomes na mesa durante quase 2 meses. E a Saban Brands também ajudou com algumas ideias. Esse nome meio que surgiu como uma fusão entre nossas ideias. E acho que esse nome casa perfeitamente com os eventos que acabaram de acontecer e da uma sensação do que virá a seguir.

Você pode falar sobre o design da Ranger Slayer, que apareceu em Saban’s Go Go Power Rangers #8?

Ryan Parrott: Eu tenho que passar todos os props do projeto para Dan Mora, o artista. Este era um dos designs que apresentei, e ele acabou fazendo um trabalho fenomenal. Eu amo todos os aspectos da personagem.

Como a ideia do Ranger Slayer surgiu?

Ryan Parrott: Quando decidimos que queríamos que os quadrinhos de Saban’s Go Go Power Rangers também fizessem parte do universo de SHATTERED GRID, começamos a discutir sobre como poderíamos fazer isso. E uma das idéias que tivemos foi a Kimberly do universo de Drakkon. Então, pareceu uma ideia perfeita, já que poderíamos trazê-la de volta ao passado, e colocá-la cara a cara com seu eu mais jovem. A história tem sido muito sobre como viver no ensino médio e como se preparar para seu futuro, e que melhor maneira de fazer isso do que colocar esses personagens cara a cara. É divertido escrever e trazer um personagem para este mundo, porque ele tem um impacto tão grande em todos os Rangers, de maneiras muito diferentes é claro.

Quem nomeou a Ranger Slayer?

Ryan Parrott: Kyle Higgins foi quem inventou o nome. Mas nós tivemos várias reuniões a respeito disso.

Como você decidiu quais ex-equipes de Power Rangers teriam mais destaque durante a história?

Kyle Higgins: Todas as equipes e todos os Rangers foram escolhidos por um motivo. Uma das coisas que eu queria fazer na construção de um grande evento como este, não era apenas colocar vários personagens juntos e vê-los em uma página. Eu queria encontrar maneiras para que essas equipes fossem respeitosas com o que havia sido mostrado na TV, mas que também abrissem coisas para potenciais novos caminhos para esses personagens. O que é realmente legal sobre histórias em quadrinhos e em um evento como esse é que não estamos ligados a nenhuma das considerações práticas que você precisa levar para uma série de TV.

Por exemplo, posso fazer com que a equipe de Mighty Morphin encontre com a equipe de Samurai no mesmo ponto, em suas respectivas carreiras de Rangers. Você não pode fazer algo assim na TV. Isso significa que eu posso escolher onde a linha do tempo de cada equipe ocorrerá. Às vezes é no meio da temporada, outras vezes é pós-temporada. Isso acabou nos ajudando no que diz respeito a uma maior carga emocional para a história. Como fã e escritor, eu tenho que dar um retorno sobre coisas assim. Como séria uma cena entre Jason Scott e Lauren Shiba? Como seria uma cena entre Zordon e Doggie Cruger? Sobre o que Kimberly Hart e Jen Scott conversam? Como Karone leva em consideração várias coisas? Esses são alguns dos pontos que me deixam animado como escritor, e cada personagem, e seus pontos de vista, foram escolhidos levando em mente essas considerações.

Se você pudesse escrever uma série de quadrinhos sobre qualquer equipe além de Mighty Morphin Power Rangers, qual você escolheria?

Kyle Higgins: Eu sempre amei o conceito por trás de Power Rangers S.P.D., e a ideia de algo completamente novo usando o verdadeiro legado do que S.P.D. é. Eu acho que algo assim seria muito divertido. Eu também estou fascinado pelo mundo de RPM, e eu amo uma boa história distópica dos anos 80. Power Rangers RPM é basicamente uma carta de amor à tudo que eu adoro assistir. Então, eu provavelmente escolheria essas duas equipes.

Ryan Parrott: Eu tenho que confessar, Power Rangers Hyperforce. E eu gostaria de fazer exatamente da mesma maneira que eles fazem no programa, fazendo as pessoas improvisarem tudo, e eu apenas digitaria. Pense nisso, eu seria pago para não fazer nada, o que é fantástico. Realmente, eu acho que é um formato muito interessante e eu adoraria estar no meio disso tudo.

Dafna Pleban: Eu realmente amo Power Rangers RPM, então estou muito feliz por podermos jogar com eles neste evento e podemos ver uma combinação de seus Rangers e mentores interagindo.

Você gostaria de continuar trabalhando com outras equipes de Power Rangers depois que SHATTERED GRID terminar?

Kyle Higgins: Eu adoraria, e acho que tudo depende da história que tenho para contar. Então, se há uma história para que isso que faça sentido, então sim, eu seria absolutamente grato por isso.

Brian Casentini: Você está vendo muitas camadas de uma mesma história em diversas plataformas, incluindo algumas que ainda não foram reveladas, que acho que vão surpreender e excitar os fãs. Então, como todas essas histórias, que são colocadas em diferentes camadas nessas plataformas e se fundem umas nas outras de formas criativas/inovadoras, ao mesmo tempo em que ainda estabelecem seu cânone individual? Esse é o desafio que temos na Saban Brands. E toda a equipe do BOOM! Studios têm sido ótimos parceiros, ao mesmo tempo em que nos esforçamos para criar essa narrativa de franquia em camadas.

Quais são as chances de ver Power Rangers Hyperforce ou Power Rangers Beast Morphers se juntarem ao universo dos quadrinhos?

Ryan Parrott: Eu acho que eles deveriam ler SHATTERED GRID.

Brian Casentini: Acho que os fãs ficarão muito animados com o que eles verão em todas as plataformas.